BERKHOF, Louis, Teologia sistemática. Editora Cultura Cristã: 2019.
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A teologia trabalha interpretando os
relatos bíblicos e não relatando de forma jornalística acontecimentos. Kerigma
é o centro ou essência da mensagem que não pode ser esquecida. Kerigma é algo
sublime e espiritual muito mais importante do que detalhes pequenos ou
científicos. A mensagem kerigmática de gênesis 1 e 2 é de que Deus criou todas
as coisas e está acima de tudo. Colocar a bíblia em competição com a ciência
seria diminuir seu valor.
De acordo com a visão trinitária, Deus é
amor e se transborda para criar todas as coisas em comunhão com Ele. Uma visão
dominadora ou absolutista de Deus dá ao ser humano a impressão de que como
Deus, tem também o domínio de toda criação. Sendo assim, o homem é que se vê
absoluto sobre a criação. O Deus trinitário ‘não cabe em si’, por isso se
transborda em amor criando, salvando e restaurando toda as coisas.
Deus, como autor da criação, continua
atuando nela e através dela. O ser humano é coparticipante dos atos divinos da
criação permanente de Deus. Por isso a criação ainda não está totalmente
concluída. Deus continua recriando e revela seu propósito salvífico abrindo-se
para o ser humano e dando a liberdade de aceitar ou não a condição de
participante deste propósito.
Deus está e é presente em todas as
coisas e vai além de tudo sendo maior do que tudo. PAN-EM-TEÍSMO é a fé de que
Deus está muito além da realidade de tudo e de todos. Deus é transcendente,
passa por entre a situação e vai além. Não é panteísmo porque este coloca Deus
dentro de tudo e nem sobrenaturalismo porque colocaria Deus fora da situação.
Afirmar a presença de Deus na criação não reduz o poder de Deus porque Ele está
Além de tudo que criou. Não está fora nem dentro de tudo, mas além.
A referência histórica cristã é de
Israel mais ou menos quatro mil anos a partir de Abraão. A origem do ser
humano, contudo é de aproximadamente três milhões de anos segundo
pesquisadores. A origem do cosmo provavelmente é de mais ou menos quinze
bilhões de anos. Baseados nisso podemos refletir na universalidade do ser
humano e do cosmo, ambos como partes conjuntas da criação de Deus.
Deus como autor da criação continua
atuando nela e através dela. O ser humano é coparticipante dos atos divinos da
criação permanente de Deus. Por isso a criação ainda não está concluída. Deus
continua recriando e revela seu propósito salvífico abrindo-se para o ser
humano e dando-lhe a liberdade de aceitar ou não participar de seu propósito.
Até 150 ou 100 anos atrás se falava de
criação e evolução baseado em contradições entre as duas posições gerando
debates e partidos das duas teorias. Hoje não há dificuldade de conciliar estas
posições e ver que não há contradição entre criação e evolução desde que se
entenda que Deus criou e continua criando tudo.
Os males como os sofrimentos e as
doenças que abatem o ser humano, para serem compreendidos, devem primeiro
passar por uma crítica racional e científica. Apesar de não encontrar resposta
para tudo, não podemos ficar paralisados por não entender o mal ou culpar a
Deus. A exemplo de João Wesley podemos confiar na Graça de Deus preveniente,
justificadora e santificadora para vencer o mal.
O fundamentalismo, que descrê na ciência
e se fundamenta apenas no relato bíblico como está escrito;
O método teológico, que tem a Bíblia
como base da transmissão da vontade de Deus, contudo sem deixar de dialogar com
a ciência;
O intermediário, que é muito forte no
meio evangélico por não dispensar nem a Bíblia nem a ciência, embora seja muito
crítico a estar forçando um pouco ao sentido do texto bíblico.
Quando o corpo morre, a alma volta par
Deus que não se restringe ao tempo nem lugar. A ressurreição de Cristo
representa a esperança da libertação da realidade presente com marcada pelo
mal. A crença na ressurreição do corpo ou recriação da vida demonstra o plano salvífico de Deus para recriar a
condição humana.
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