
LIMA, Maurílio César. Breve história da Igreja no Brasil. Edições Loyola: 2004.
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No livro Breve História da Igreja no Brasil, o autor pontua como
ocorreu o trajeto do ensino religioso no Brasil, desde a sua “descoberta” até o
século XX. O livro se divide em três sessões que o escritor destaca como três
períodos distintos e naturais e são eles: Cristianização, Evangelização e
Pentecostalização.
Na primeira sessão, Cristianização, aponta que quando os portugueses chegaram ao Brasil, a consciência missionária dos clérigos estava relacionada a expansão territorial e logo foram batizando os índios que encontravam com nomes litúrgicos, pois evangelizar era sinônimo de aportuguesar e o batismo representava sujeição aos brancos.
Enquanto isso, conforme o pesquisador, na Europa ocorria uma reforma religiosa na Igreja Católica e o surgimento dos adeptos ao protestantismo. Já no Brasil, o escritor aponta que 40 anos após a sua “descoberta” chegam os primeiros missionários Católicos com o intuito de aprender sobre a cultura indígena para os catequizar e acabam se casando e misturando as etnias.
O autor nos informa que os clérigos encontraram grande resistência em catequizar os africanos que chegaram como escravos no Brasil no período Colônia.
Um dos padres que teve maior relevância na vida dos índios foi José Anchieta que deixou um legado após sua morte.
O pesquisador relata o breve período da igreja protestante no Nordeste brasileiro no período da ocupação holandesa, que logo acabou ao serem expulsos. Essa fase é marcada pelo sincretismo cultural e religioso.
O segundo período é a Evangelização. Com a tradução da Bíblia para o português ocorre a distribuição das Sagradas Escrituras nos navios que deixavam Lisboa e nos navios ingleses com destino ao Brasil, o que resultou a implantação da Bíblia antes das igrejas protestantes no país.
O escritor afirma que com a Proclamação da República, houve uma abertura para que outras religiões atuassem no Brasil. Com isso tem uma expressão significativa dos membros das igrejas Metodista e Presbiteriana.
No começo dessa jornada de evangelismo, o pesquisador retrata o despreparo dos primeiros pastores, bem como a falta de compromisso que tinham com o testemunho real do Evangelho.
O autor afirma que muitos largavam suas responsabilidades religiosas quando queriam empreender em alguma coisa ou se cansavam de suas funções. Mas com o tempo essa realidade foi se modificando e começaram a chegar missionários compromissados com a missão e com os desafios que encontraram na república brasileira.
A terceira sessão é
denominada pelo estudioso como Pentecostalização, que seria o surgimento de igrejas pentecostais, que defendem a ação do Espírito Santo e o falar em línguas estranhas como sua manifestação. Após abordar como ocorreu o movimento
pentecostal nos Estados Unidos, com a implantação das igrejas evangélicas pentecostais no Brasil e quais denominações surgiram a partir delas. Relata também que esse movimento ocorreu na igreja Católica, e a partir disso, surgiu
a Renovação Carismática Católica. Nessa sessão também o escritor faz uma denúncia ao destacar a banalização no surgimento de várias denominações de igrejas evangélicas, principalmente pentecostais.
Para concluir a sua obra o autor aponta que o Brasil se tornou um agente missionário, enviando muitos fiéis aos campos em outros países resultando assim numa globalização missionária. Mas que se faz necessário a revangelização do povo brasileiro sobre a verdadeira comunhão com Cristo.
Esta obra é muito rica para conhecermos a história de como foi construída a fé brasileira. Por meio da leitura desse livro é possível compreender o cenário religioso do Brasil e a herança conquistada nessa história. Sendo assim, tal estudo é pertinente a todos os cristãos para que se apropriem desse conhecimento.
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