Manto de Cristo - Lloyd C. Douglas

O Manto de Cristo é um romance histórico e religioso escrito por Lloyd C. Douglas , publicado originalmente em 1942. A obra gira em torno de Marcellus Gallio , um jovem centurião romano que  por punição política, é enviado à Palestina. Lá, ele participa da crucificação de Jesus e, por acaso, ganha sua túnica em um jogo de dados. A partir desse momento, Marcellus começa a sofrer crises emocionais e espirituais, sentindo-se profundamente perturbado pelo que presenciou e pelo estranho poder que o manto parece exercer sobre ele. Enquanto Marcellus tenta compreender o significado do manto e lida com uma crescente crise de fé e identidade. Ao longo do caminho, ele encontra personagens marcantes e é confrontado com os valores do cristianismo nascente, em contraste com os costumes decadentes do Império Romano. Movido por uma inquietação crescente, ele parte em uma jornada para descobrir quem foi Jesus. Ao lado de seu escravo e amigo Demétrio , Marcellus encontra discípulos e se...

LÍNGUA GREGA: PERÍODOS HISTÓRICOS E CARACTERÍSTICAS - Édson de Faria Francisco.

 gramática do grego bíblico Antônio Gusso

Édson de Faria Francisco. LÍNGUA GREGA: PERÍODOS HISTÓRICOS E CARACTERÍSTICAS.

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A origem da língua grega foi por volta de 1400 antes de Cristo. O idioma faz parte do ramo indo-europeu. Passou por vários períodos: formativo, entre 1500-900 a.C.; clássico entre 900-330 a.C.; coiné, entre 330 a.C. a 330 d.C.; bizantino, entre 330-1453 e o moderno de 1453 até o século XXI.

A língua grega sempre possuiu muitos dialetos, talvez porque cada cidade tinha seu próprio governo como um estado independente e falando sua língua de sua forma peculiar. Em diversos períodos alguns destes dialetos tiveram momentos que se destacaram pela influência cultural de sua cidade de origem, por motivos político-econômicos e principalmente pela produção literária como o dialeto grego Ático que foi usado por vários autores conhecidos.

O dialeto grego Coiné destaca-se por ser uma forma muito popular da língua, mais usada pelos falantes do idioma desde o alto Egito até a Mesopotâmia. A própria palavra Coiné significa comum ou vulgar. Era uma linguagem não literária que recebeu muitas influências de elementos hebraicos, aramaicos, coptas e persas.

A Septuaginta (LXX) é a tradução do Antigo Testamento para o grego Coiné. Nela, as palavras ganharam sentidos mais amplos e com novas tonalidades semânticas. Neste texto que marcou e difundiu muito a língua, a qualidade da tradução começa fiel, mas vai decaindo até o final com tradução mais livre.

O Novo Testamento foi escrito em grego coiné, com a característica de ser mais coloquial do que o coiné utilizado na LXX, devido a forte influência de semitismos com palavras, influência da sintaxe e de traduções do hebraico e aramaico para o grego. No N.T. o coiné apresenta vários níveis: Marcos traz uma linguagem mais coloquial; Mateus, intermediária e Lucas e Atos, um grego superior muito culto. João e as cartas com seu nome possuem um grego puro no vocábulo e na gramática e as cartas de Paulo foram escritas em coiné muito regular com forte influência da LXX. O Apocalipse apresenta o coiné muito simples com o mais baixo nível do N.T.

O coiné trouxe novos sentidos de muitas palavras do aramaico, do hebraico e outras línguas semíticas enriquecendo o significado do texto bíblico. Muitos textos importantes servem de fonte para a coiné além da LXX e do N.T. como os apócrifos do N.T., as obras de Epíteto, de Flávio Josefo e vários autores patrísticos.

Até o grego se unificar como língua, passou por muitos períodos e por dois momentos a forma arcaica e purista conhecida como katharévousa foi instituída como oficial, mas o coiné, por sua popularidade prevaleceu e deu origem ao grego moderno ou Demótico que hoje é falado por cerca de 11 milhões de pessoas na Grécia, Chipre e Creta.

    

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