Manto de Cristo - Lloyd C. Douglas

O Manto de Cristo é um romance histórico e religioso escrito por Lloyd C. Douglas , publicado originalmente em 1942. A obra gira em torno de Marcellus Gallio , um jovem centurião romano que  por punição política, é enviado à Palestina. Lá, ele participa da crucificação de Jesus e, por acaso, ganha sua túnica em um jogo de dados. A partir desse momento, Marcellus começa a sofrer crises emocionais e espirituais, sentindo-se profundamente perturbado pelo que presenciou e pelo estranho poder que o manto parece exercer sobre ele. Enquanto Marcellus tenta compreender o significado do manto e lida com uma crescente crise de fé e identidade. Ao longo do caminho, ele encontra personagens marcantes e é confrontado com os valores do cristianismo nascente, em contraste com os costumes decadentes do Império Romano. Movido por uma inquietação crescente, ele parte em uma jornada para descobrir quem foi Jesus. Ao lado de seu escravo e amigo Demétrio , Marcellus encontra discípulos e se...

Técnicas de Comunicação Escrita, Izidoro Blikstein

livro técnicas de comunicação escrita
BLIKSTEIN, Izidoro, 1938 – Técnicas de Comunicação Escrita / Izidoro Blikstein – 22ª Edição. São Paulo: Ática, 2006.

O professor Izidoro Blikstein em seu livro TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO ESCRITA orienta de forma muito clara, objetiva e descontraída sobre como escrever bem. O autor utiliza histórias para exemplificar, ilustrações, gráficos, esquemas e resumos que auxiliam na compreensão do leitor.

No primeiro capítulo intitulado ‘Quem não escreve bem... perde o trem!’, conta-se a história do gerente apressado que manda um bilhete mal escrito para sua secretária e perde não só o trem como um importante negócio. Em seu bilhete o gerente apressado não explicou corretamente o horário do trem e provocou uma confusão. Essa história é então utilizada em todo o livro para ilustrar a tese. Assim já é provada a importância de escrever bem para alcançar os objetivos desejados.

Segredos da Comunicação Escrita (título extraído) são apresentados no segundo capítulo que inicia dizendo que é importante obedecer às regras gramaticais, procurar a clareza e agradar o leitor. Assim são apresentados três tropeços de quem escreve mal e três segredos para escrever bem.

O primeiro tropeço é: se o texto for escrito de maneira errada, a resposta será errada. O segredo para evitar tal tropeço é escrever uma mensagem correta, bem clara para alcançar o resultado esperado. O objetivo da comunicação é obter resposta. Ninguém pode adivinhar o que se passa na cabeça do outro, por isso quem escreve precisa passar com clareza seus objetivos para o leitor entender e reagir de forma correta.

O segundo tropeço acontece quando a ideia é clara e brilhante, mas só na cabeça do autor. Cada pessoa tem uma forma de pensar diferente por isso é preciso expor a idéia da forma como o outro compreende. O segredo para corrigir este tropeço é escrever bem tornando o pensamento conhecido ao leitor para alcançar o objetivo comum.

O terceiro tropeço é escrever dirigindo-se ao leitor com a devida simpatia e educação para motivar a resposta desejada. O segredo para não cometer este erro é persuadir com uma linguagem agradável e motivadora.

Baseado nestes três segredos pode-se estabelecer o que o autor denomina ‘o tripé da comunicação escrita’ que seria tornar comum, produzir resposta e persuadir. Contudo existem os ruídos que tentam abalar as três bases deste tripé para derrubá-lo. Estes ruídos podem ser de interferência física (um texto não atraente, mal escrito), cultural (um texto que não fale a língua do leitor) ou psicológica (um texto que não agrade o leitor) e devem ser combatidos.

O capítulo três, Estrutura e Funcionamento da Comunicação, estabelece o remetente, a mensagem e o destinatário como peças fundamentais à comunicação eficaz. A mensagem é a ideia de alcançar uma resposta, o remetente é o autor ou transmissor desta ideia e o destinatário é quem deve decifrar a mensagem e responder de acordo com a ideia desejada pelo remetente. O remetente é estimulado por uma mensagem que envia ao destinatário e este é motivado através da mesma a gerar uma resposta ao destinatário.

Para que a comunicação alcance seu objetivo é preciso ter uma boa mensagem que transmita a ideia de forma que o leitor possa pegá-la. Para isso é preciso utilizar estímulos físicos ou signos que possam ser compreendidos.  

O código é um instrumento útil para uma comunicação adequada. Código ou signo é a associação entre um significado ou mensagem e um significante ou imagem que juntos podem ser descodificados corretamente pelo destinatário.

Cada pessoa carrega consigo uma bagagem de experiências que formam sua linguagem, por isso é preciso utilizar sempre os códigos fechados que são conhecidos e convencionados por todos, evitando mal entendidos. Os códigos abertos podem ter mais um significado e só devem ser usados quando se espera diversas interpretações e reações como resposta. Para uma utilização correta dos códigos o remetente precisa conhecer o repertório do destinatário tomando cuidado para não criar estereótipos a respeito deste. Depois de fazer tudo isso ainda é preciso utilizar o veículo ou meio correto para comunicar a mensagem de forma que atinja o objetivo que é ter uma resposta do destinatário.

O quarto capítulo apresenta os ‘ganchos para agarrar o leitor’. O autor conta uma nova história do gerente apressado desta vez em outra empresa onde deveria apresentar um manual de prevenção de acidentes e através do sindicato de trabalhadores foi elaborado um livrinho de cordel com linguagem fácil e ilustrado para chamar atenção dos operários.  Assim o autor ensina três ganchos para ‘pescar’ o leitor.

O primeiro gancho é esfriar a mensagem ou não sobrecarregá-la com muitas informações ao mesmo tempo. O gancho frio ajuda o leitor a entender melhor o texto apresentado e gravar a mensagem. O segundo gancho é utilizar imagens, gráfico ou esquemas que demonstrem o que está sendo falado no texto.  A utilização de ícones pode ajudar na apresentação e descodificação da mensagem. A mensagem escrita é linear e por isso cansativa, contudo pode ganhar uma dose iconicidade se apresentada de maneira concisa, um texto claro e bem planejado e com uma disposição visual atraente que chame a atenção do leitor. O terceiro gancho consiste em comover ou assustar o leitor de forma que seja despertado para compreender o significado do texto.

Além de tão bem explicado, o livro ainda traz no capítulo cinco uma Receita para a Eficácia da Comunicação Escrita, ou seja, um resumo de tudo o que foi falado em forma de um esquema que pode ser usado facilmente na hora de escrever uma mensagem. E no capítulo 6 um Vocabulário Crítico dos termos técnicos utilizados no livro com o significado trabalhado pelo autor, o que foi uma atitude coerente para não haver confusão na descodificação dos significados que podem ser diferentes para o autor e os leitores.

O gerente apressado tem um pouco de cada um que se precipita ao interpretar ou redigir uma mensagem, então para provocar a reação deseja ou reagir corretamente é preciso dedicar um pouco de tempo para não perder tempo, pois ‘escrever bem é uma questão de sobrevivência’ (pág. 16).

 

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