Manto de Cristo - Lloyd C. Douglas

O Manto de Cristo é um romance histórico e religioso escrito por Lloyd C. Douglas , publicado originalmente em 1942. A obra gira em torno de Marcellus Gallio , um jovem centurião romano que  por punição política, é enviado à Palestina. Lá, ele participa da crucificação de Jesus e, por acaso, ganha sua túnica em um jogo de dados. A partir desse momento, Marcellus começa a sofrer crises emocionais e espirituais, sentindo-se profundamente perturbado pelo que presenciou e pelo estranho poder que o manto parece exercer sobre ele. Enquanto Marcellus tenta compreender o significado do manto e lida com uma crescente crise de fé e identidade. Ao longo do caminho, ele encontra personagens marcantes e é confrontado com os valores do cristianismo nascente, em contraste com os costumes decadentes do Império Romano. Movido por uma inquietação crescente, ele parte em uma jornada para descobrir quem foi Jesus. Ao lado de seu escravo e amigo Demétrio , Marcellus encontra discípulos e se...

Para Entender a Reforma Protestante - Felipe Aquino

 Para Entender a Reforma Protestante - Felipe Aquino

AQUINO Felipe. Para Entender a Reforma Protestante. Cleofas; 1ª edição: 2016.

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Primariamente, os reformadores avaliaram que um ponto crucial de Deus é o seu amor. Lutero ao perpassar pela sua experiência cristã, percebeu a misericórdia de Deus e o seu amor libertando-se do imaginário medieval da justiça incondicional da divindade distante e severa.

Os demais pensadores constrangidos também por esse confronto com a essência do amor, formataram seus ideais nesse principio. Zwínglio configurando sua percepção na imagem do Bom Pastor observa a onipotência de Deus e sua infindável misericórdia.

Melanchton admitiu o mesmo conceito partindo da revelação da qualificação de Deus e nos evangelhos que promulga a essência seu afeto. Calvino, mesmo julgado pela doutrina da predestinação que outrora denotaria um amor arbitrário, admite que a misericórdia de Deus é “suficiente pra possuir a certeza inabalável”(Strohl,p.125). Tudo isto sob a consciência de que não basta apenas conhece-lo, mas deve-se seguir sua vontade.

Quanto ao caráter trinitário de Deus, Lutero seguiu o padrão agostiniano de conceber esse mistério divino, alegando ser necessário conhece-lo. Essa iniciativa de encontrá-lo envolve a percepção de sua vontade que está interligada com a revelação de Deus através de Jesus o qual só é compreendido mediante o Espírito Santo.

Ainda inspirado em Santo Agostinho, Lutero percebe em Cristo o homem meio pelo qual Deus é manifesto em sua vontade para com a humanidade.

Melanchton preferiu basear-se nos escritos da Igreja antiga apegando-se a experiência com Espírito, isto com a finalidade de demonstrar o caráter regenerador provocado por essa ação sobrenatural.

Fazendo relação entre os pensadores, nota-se, segundo o que Henri demonstra que todos os reformistas concordam entre si ao relacionarem Deus, Cristo e o Espírito.

Portanto, tanto Lutero quanto Calvino admitem o Deus do Antigo Testamento remetendo-se a redenção de Cristo e ação do Espírito. Melanchton se agrega a esses pensadores quando concorda que o mistério da trindade transcende ao entendimento humano. Calvino ainda se aprofunda mais ao assunto ao discursar a evidência da divindade do Espírito Santo, reforçando seu dogma. 

No que diz respeito à santidade de Deus, a mesma está de maneira indissociável com a manifestação do amor.

Mais especificamente, segundo Lutero a santidade de Deus apresentada de forma isolada de seu amor ocasiona no homem pavor, portanto é necessário respaldar tal pureza com a caridade e misericórdia divina. Misericórdia esta, que também envolve a correção, para isto, Lutero usufrui da imagem de um pai amoroso que disciplina o filho a fim de levá-lo a crescer e não cometer novamente o delito que pode prejudicá-lo.     

Portanto, Lutero trabalha a santidade divina em conjunto com o amor e com a disciplina de Deus. Zwínglio, no entanto, molda suas concepções de santidade e ira divina baseando-se nas reações de vários homens da Bíblia que deliberaram por inúmeras vezes ações consideradas como furor divino, apresentando esse padrão correlacionado com a vontade divina. 

Da mesma forma que Lutero, porém diferindo quanto à criação de uma terminologia, Calvino discursa a santidade concomitantemente relacionada com o amor, afirmando ser tais atributos pertencentes à glória de Deus. Em outras palavras, Calvino ilustra suas concepções sobre o tema, alegando que Deus manifesta seu amor através da salvação, como também a santidade através da condenação.

  

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