
Marshall Peter A Reforma Protestante. L&PM: 2017.
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Ao fim da Idade Média, a necessidade de um embasamento em fontes mais concretas de estudo, gerou nos padres o ímpeto de traduzir a bíblia. Isto, portanto ocasionou por fim o contato de Lutero com as sagradas escrituras, levando-o a defender e propagar o que descobrira, tomando-a como critério de ensino revelado através do Espírito sendo também promotora de clareza e disciplina.
Remetendo-se aos primórdios da fé
cristã, devido aos sucessivos movimentos heréticos, os reformadores retiraram progressivamente alguns manuscritos,
mantendo-se apenas aqueles que segundo o autor eram “escritos que impunham a
autoridade de modo geral”. Em outras palavras limitando as
possíveis flutuações do cânon e promovendo uma regra interpretativa, evitam-se
contradições e dissensões no meio da Eclésia.
Lutero distinguia cada testamento
bíblico e seus respectivos autores, afirmando a utilidade dos denominados
livros apócrifos, todavia não os projetando a mesma escala de valor dos demais.
Além disso, Lutero demonstra suas
preferências às quais se ressumem no evangelho segundo São João, nas cartas
paulinas de Gálatas, Efésios e peculiarmente Romanos.
Contudo ao discorrer a junção do
livro de Apocalipse feito pela Comissão Bíblica de Witterberg, Lutero opina
dizendo que reservar-se a livros que expõe Cristo com clareza, não obstante
admite a escolha de seus agregados intelectuais.
Zwínglio afirmava a supremacia das
escrituras e sua independência das concessões da Igreja, sendo totalmente
verdadeira carecendo a cristandade em retornar a sua essência.
Após as afirmações de Zwínglio
vários seguidores iniciaram suas posições a favor da veracidade bíblica. Um
desses apologéticos foi Ecolampádio que consultava os escritos judaicos para
fazer as devidas interpretações negando-se a pelar para alegorias imprecisas.
Bucer, no entanto, na tentativa de
aplicar os ensinamentos das escrituras pedagogicamente possuía sua própria
preferência quanto aos livros bíblicos.
Profundamente específico foi
Calvino quanto ao assunto, visto que alegava ser a escritura o único meio pelo
qual há possibilidade de se conhecer Deus, não assimilando a idéia de que a
igreja que outorgava a autoridade dos escritos bíblicos.
Sendo assim, o pensador Calvino afirmava a supremacia
das escrituras, não remetendo ao órgão eclesiástico romano o papel que outrora
sustentava de mecanismo exclusivo de ação do Espírito.
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