Manto de Cristo - Lloyd C. Douglas

O Manto de Cristo é um romance histórico e religioso escrito por Lloyd C. Douglas , publicado originalmente em 1942. A obra gira em torno de Marcellus Gallio , um jovem centurião romano que  por punição política, é enviado à Palestina. Lá, ele participa da crucificação de Jesus e, por acaso, ganha sua túnica em um jogo de dados. A partir desse momento, Marcellus começa a sofrer crises emocionais e espirituais, sentindo-se profundamente perturbado pelo que presenciou e pelo estranho poder que o manto parece exercer sobre ele. Enquanto Marcellus tenta compreender o significado do manto e lida com uma crescente crise de fé e identidade. Ao longo do caminho, ele encontra personagens marcantes e é confrontado com os valores do cristianismo nascente, em contraste com os costumes decadentes do Império Romano. Movido por uma inquietação crescente, ele parte em uma jornada para descobrir quem foi Jesus. Ao lado de seu escravo e amigo Demétrio , Marcellus encontra discípulos e se...

A reforma litúrgica - Annibale Bugnini

 

BUGNINI Annibale. A reforma litúrgica. Edições Loyola; 1ª edição: 2018.

Nota-se a harmonia dos autores reformistas em analisar a fé respaldada pelo temor a Deus, que exterioriza a alegria da confiança no Senhor exercitada pela prática da oração. 

Tanto Calvino quanto Lutero e Zwínglio reconhecem a oração versada a fé genuína.

Lutero segue afirmando a interação da manifestação da fé com a oração, tornando-as dependentes. A fé é promotora da oração e a última é o exercício real da primeira.

Todo aquele que tem fé para Lutero tem plena certeza do ouvir de Deus as petições de seus fiéis, porém permitindo-se a deixá-lo agir quando determinar.

Também Calvino relaciona a fé e a oração em caráter inspirativo, isto é, a fé leva o individuo ao anseio de falar com Deus livrando-o do esfriamento espiritual.

Além disso, Lutero ainda ressalta a oração como vivificadora da fé e a intrínseca relação que o homem cria com Deus através dessa atuação confiança.

Calvino por sua vez, atribui à oração uma ordenança divina, obtendo métodos para o preparo dessa catarse espiritual.

Primeiramente o pensador de Estraburgo propõe a meditação total em Deus, o reconhecimento dos pecados, a confiança e a intercessão como pratica de piedade cristã.

Quanto à oração dominical, ambos reformistas desencadearam uma série de comentários. Lutero de maneira incisiva avaliava a oração segundo a vontade de Deus como um esforço de fé o qual sem medo se lança nos mistérios do bel-prazer divino.

Todavia, Lutero não mais concedia ao idealismo monacal da obrigação cotidiana da oração, entendendo-a como uma manifestação do amor e dependência do homem personificado como filho para com Deus caracterizado como Pai.

Não obstante Zwínglio qualifica a oração no sentido da introspecção, quando o ser humano encontra a oportunidade de auto avaliação.

Bucer também comunga dessa ideia e ressalta a oração como uma necessidade de humilhação diante de Deus, afirmando que a petição do reino de Deus é “atual e pessoal”.

Calvino é ainda mais profundo ao dissecar o Pai Nosso expondo cada ponto da oração com uma explicação devida, visto que se preocupava com o hábito já formado em orá-la despreocupadamente, sem uma precisa avaliação e acrescemos pessoais quando necessários.

Tanto Lutero quanto Calvino se propõem em seguir finalização grega que não vigora na vulgata, fato pelo quais os romanos não a pronunciam. Conquanto segundo Calvino a viabilidade dessa procedência é irrefutável, visto que ratifica todos os aspectos relatados na oração.

A invocação dos santos e sua suposta intermediação traziam da mesma forma o empenho dos reformistas em zelar pela fé genuína, porquanto ainda eram notórios os resquícios de crenças pagãs em meio aos cristãos reformados.

Devido a isto Zwínglio intentava esclarecer a supremacia e intermediação absoluta de Cristo sem deixar de honrar méritos aos exemplos de fé que a muito eram falecidos.

Ecolampádio comungando dos pensamentos de Zwínglio ressaltava também que a intercessão deveria ser feita em vida como pratica de fraternidade cristã.

    

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