O inicio da Idade media se dá com o fim da filosofia pagã e
com o estabelecimento das preservações dos pensamentos antigos.
A Escolástica é o período de aprendizagem escolar, onde os
“bárbaros” determinaram o método de ensino, para a compreensão de seus
sobrepujados.
A idade Media encontrou seu fenecimento quando seu estagio
perdera a atualidade tendo deficiências de manutenção de seus aforismos.
Nesse período de transição inúmeros acontecimentos políticos
dados com as invasões germânicas e com a construção de um novo estado
desintegraram o império Romano que absorveu elementos pagãos e arianos, os
quais desvaneceram com a conversão desses povos ao cristianismo.
Teologicamente a
idade media produziu dogmas os quais foram determinados pelos pais da igreja
nomeados de trinitários e cristológicos.
A igreja enriqueceu sob o domínio do povo franco tendo a fé
do povo apegada as relíquias e ministrando as pregações em latim para
incompreensão das massas.
No ocidente
transmitiu aos povos germânicos em formulações latinas a missiva cristã,
embasada na jurisdição romana e no monacato.
Com a germanização do clero a igreja passou a considerar a
regulamentação dominante a usufruindo em sua teologia.
Como na cultura
germânica o proprietário era dono da terra e de suas benfeitorias, a Igreja
passou a integrar como propriedade regida por um governador germânico.
Devido às atividades missionárias, boa partes dos bárbaros,
incluindo os das Ilhas Britânicas foram cristianizados.
O monasticismo tinha por característica principal a vida
solitária, tendo em Bento de Núrcia o
seu maior determinante.
Bento decidiu pela vida monacal dedicando-se ao ensino e á
pregação, onde juntamente com sus discípulos organizaram uma comunidade
monástica.
Estabeleceu uma regra composta de 73 artigos eliminando a
peregrinação do monge, tendo no trabalho, na pobreza e oração aspectos de
importante procedimento.
A atividade beneditina de missão e evangelização dos povos
pagãos da Germânia faz valer o seu mérito.
Quando Bonifácio foi ordenado bispo aderiu as tradições
anglo-saxônicas e obtinha apoio papal para reformar a Igreja no reino franco
sob a força monástica proveniente de Bento de Núrsia.
Com o desaparecimento do império romano os bispos vieram a
ter grande autonomia, para Leão I o papado significou a responsabilidade do
cuidado à igreja segundo a autoridade petrina.
Gelásio I continuou a acentuação da primazia petrina,
afirmando que o poder espiritual e o temporal são instituições divinas.
O papa Gregório
I reorganizando a administração
eclesiástica e embasando o poder econômico
da igreja romana usufruiu dos
recursos eclesiásticos para o amparo aos pobres.
Gregório também fez reforma s litúrgicas incentivando o
canto cristão e elucidou a satisfação divina com a penitencia, alegando que os
mortos vão para o purgatório e que os vivos podem, nesse período de passagem,
auxilia-los oferecendo seus nomes em missas.
A teologia no período de transição obteve três grandes
obras, sendo umas delas do tradutor Boécio que com sus comentários e ensaios
teológicos lançou as primícias do método eclesiástico, gozando de argumentos
racionais para esclarecer a fé.
Cassiodoro, por sua vez obtinha grande capacidade
administrativa, sua obra continha elementos de disciplina teológica mantendo os
pensamentos antigos.
Isidoro de Sevilha executou também sua grande obra
apresentando o resumo do saber da Antiguidade preparando uma literatura baseada
em sentenças.
Um contemporâneo de Boécio foi um autor desconhecido, que
optou pelo o pseudônimo de Dionísio Areopagita, seus escritos alegam que foi
testemunha ocular do falecimento de Maria como também possuem conceitos de
união e purificação.
Nos dias de Gregório Magno uma grande massa migratória de
ordem religiosa invadiu a Europa tendo por líder Maomé o qual alegou ouvir a
voz de deus e ver o anjo Gabriel. Este influenciado pelo monoteísmo pretendeu
aperfeiçoar o judaísmo e o cristianismo.
Após sua morte o movimento islâmico perdurou através dos
califas (sucessores) que suscitaram os exércitos árabes e conquistaram diversas regiões da Europa.
Como o Islã era uma fé que requeria atitude de seus adeptos,
tinham por conteúdo doutrinário a unificiencia declarada de Alá, o Corão como
lei de ensino e Maomé como o profeta.
Para os seus subordinados a conversão era obrigatoria, com
exceção dos cristãos e judeus que eram desconsiderados por serem, segundo
estes, adeptos de uma mera crendice.
Todavia mediante a invasão árabe a igreja do oriente se
degradou e a Europa era sujeita a viver de seus próprios recursos.
As atividades de Carlos Magno finalizaram todo esse período
migratório, vencendo os bávaros, dedicou-se à missão com uma espécie de guerra
santa, concebendo uma autoimagem de rei e sacerdote não ortogou ao papa
direito autônomo.
Carlos Magno proibiu o surgimento de novos santos, porquanto
as massas estavam cada vez mais na
dependência destes e de suas supostas relíquias e estabeleceu a confissão
obrigatória aos leigos pelo menos uma vez ao ano.
Por volta do ano 700 o sacerdote assume papel primordial de
intercessor oferecendo ao inadimplente a readmissão pelo favor intermediário
para a obtenção da salvação eterna, transformando o líder eclesiástico em juiz.
Com a institucionalização do céu a Igreja pode dispor dos
tesouros deste reino, o ideal da indulgência chegou a ser admitida como
intercessão pelos mortos sendo contraposta por homens semelhantes a
Gottschachalk que estabeleceu sua
doutrina alegando que o aparato sacerdotal não garantia a eternidade.
Roma era uma cidade que vivia nos plenos vícios de sua
época, na Itália impera a anarquia e a igreja estava interligada ao estado
passando por diversas crises.
A estrutura da Igreja dependia do estado, todavia o papado
se beneficiava cada vez mais da atuante situação.
Quando em 919 os carolíngios deixaram de governar o império,
o novo imperador Otto I filho de Henrique I ao tomar posse do império
transformou os seus duques em apenas funcionários reais e concedeu poder
temporal aos príncipes da Igreja.
O papa João XII inaugurou a coroação imperial exercida pelo
papado, quando a cristianização da Dinamarca ocorreu à demarcação do território
Europeu começou a se constituir segundo os critérios litúrgicos.
Os conventos na Europa se tornaram prisões para jovens
nobres que foram confinados a guarda dos monásticos,no entanto século X houve um movimento reformatório conhecido
por "reforma Cluniense” que tinha por objetivo resgatar a obediência
incontestável a regra monástica sendo aprofundada pela vida litúrgica.
O monasticismo se voltara para atividade missionárias
proibindo o matrimonio para os
sacerdotes e para a simonia ocasionando um levante popular que apoiou a
deposição de bispos e reis inadimplentes.
Com a sacramentação do poder imperial que colaborou para
germanizar o cristianismo o papa assumiu autonomia ate para destituir
governantes.
A dominação arábica sobre o mar mediterrâneo bloqueou a
peregrinação a terra santa induzindo o papa Urbano II a impelir as multidões
com espírito das cruzadas sob as argumentações do sofrimento da igreja
oriental, dando em sinais de consagração e amparo a cruz de pano no ombro
direito.
A origem cultural das cruzadas contem tradição germânica e
celta, sendo ungido de deus o rei poderia expandir as fronteiras em nome de
cristo tornado a guerra aparentemente justa respaldada pela Pax dei ,a paz de
deus preservada e promovida pela
contenda a qual colonizou Jerusalém.
A segunda cruzada em favor da reconquista do território
Europeu perdido para os turcos, ocasionou dissensões entre os nobres que
partiram contra a palestina.
No entanto o grande
vitorioso foi o Islão que logo após a segunda cruzada avançou por território
europeu invadindo declinando a cidade de
Constantinopla.
O método escolástico baseado na dialética que determinou
todo ensino teológico e cientifico, tinha por objetivo tornar apta e
compreensiva as massas a teologia tradicional.
O funcionalismo da sistemática teológica era
comprovabilidade e racionalidade acabada e imutável.
Anselmo de Cantuária um beneditino francês argumentou o
estabelecimento da razão justaposta a fé.
Outros teólogos também seguiram a mesma linha teológica de
Anselmo, um destes mestres foi Pedro Lombardo que em sua obra expôs a doutrina
da Igreja com dissertações racionais que enriqueceram o ensino teológico da
idade media.
Abelardo por sua vez,
introduziu seu método dialético de investigação e questionamento das
autoridades, advogando o uso da razão como suficiente e necessária, observando
que o autoritarismo é a negação da fé genuína.
Bernardo de Clarval
também personificou o ideal ascético aderindo ao misticismo e sendo um grande
interprete de Cantares.
Não obstante as posições teológicas de Bernardo e Abelardo
são opostas, Bernardo acusou Abelardo de heresia, por sua defesa do método
dialético para sistematizar a fé.
O rompimento da unidade do pensamento ocidental se deu com a
reconquista espanhola da península Ibérica onde os reis de Aragão e Castella
venceram o califa de Córdoba.
O pensamento predominante que alegava a dissociação de fé e
razão finalizou com a tradução de Aristóteles para o mundo europeu
influenciando a teologia e a filosofia crista tendo por maiores adeptos os
monges franciscanos e dominicanos.
Tomás de Aquino foi o maior teólogo da sistemática cristã
que aderiu o pensamento aristotélico explicitando através de uma conclusão de
causas e conseqüências o reconhecimento de Deus.
O franciscano Duns Scotus dissertou sobre questões
pertinentes a Deus limitando o intelecto humano com relação à percepção divina
e criticou Tomás de Aquino ao revelar a predominância da vontade humana sobre o
intelecto, sendo considerado logo após pelos dominicanos como herege.
Também da ordem franciscana Guilherme de Ockham defendeu que
as doutrinas de fé da Igreja não podem ser absorvidas pela lógica humana que é
essencial, contrapondo a autoridade papal quando se referiu a supremacia
individual.
As discussões teológicas comprometeram o poder eclesiástico.
Em Roma o IV concilio de Latrão teve por pauta elementos
doutrinários primordiais, sendo transubstanciação a principal delas, aderindo
para meios de popularização o dia de corpus crist tomando também por resolução a posse do trono alemão, sendo que a partir de 1250 a Igreja dominou
político e religiosamente a Europa.
Em meados do século XIII a maior preocupação da Igreja foi à
manutenção de seu poder e influencia, partindo do pressuposto do autoritarismo
papal a fiscalização eclesiástica acerou-se enriquecendo a Igreja e sendo alvo
de muitas criticas que foram respondidas com inúmeras repressões.
Esse período máximo de poderio eclesiástico gerou um movimento
de pobreza gritante, a qual as massas estavam alienadas das verdades e padrões
de fé, levando a homens como Pedro Valdo a procurar os parâmetros de
cristandade por meios próprios e a divulgar o evangelho na forma popular se
opondo jurisdição papal que permitia esses atos missivos apenas por leigos
autorizados.
Francisco de Assis que se preocupava com a simplicitude
cristã através da pobreza representou a valorização da fé através dos atos de
piedade aos mais desfavorecidos aderindo a penitencia como meio de vivencia.
A inquisição era o meio repressivo pelo qual a Igreja agia
sob forma intolerante alegando a ação de satanás na vida de seus dissidentes.
A Igreja possibilitou todo amparo legal ao inquisidor que
exercia a função de confessor e não permitia a vitima recorrer o direito ao
advogado sendo julgada pela Eclésia.
Na passagem do século XIII para o XIV nos conventos do sul
da Alemanha movimentou-se uma valorização da mística que priorizava a pobreza e
a experiência pessoal, tendo por seu principal protagonista o Mestre
Eckehart que explicitava as experiências
místicas tornando-se parâmetro de cristandade
Nesse período o feudalismo se declinava e as epidemias, as
pestes se multiplicava levando a sociedade a carecer de uma nova piedade,
iniciando nos paises baixos um movimento de compaixão comunitária composta de
sacerdotes e leigos que ansiavam de uma ética pratica.
Em meio às crises teológicas do século XIV e no inicio do XV
surgiu o movimento hussita liderado por Jan Hus que se voltou contra a mundanidade
da Igreja, a imoralidade sacerdotal e a cultuação das relíquias sendo
excomungado e queimado na fogueira.
No final do século XV um movimento de valorização do homem
assume novas características que foi denominado humanismo.
Em suma no final do século XVI João Gutenberg inventou a
imprensa que foi um meio de difusão e homogeneidade das ideias.
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