Prega a Palavra de Karl Lachler

Confira o livro Prega a Palavra de Karl Lachler na Amazon Karl Lachler  é um autor que desempenhou um papel significativo no cenário religioso brasileiro.  Foi missionário durante   32 anos   no Brasil. Ele colaborou na implantação de igrejas, incluindo a   Primeira Igreja Batista de Fernandópolis   e a   Segunda Igreja Batista de São José do Rio Preto .   Além disso, ele foi um dos pastores fundadores da   Primeira Igreja Batista de Atibaia.   Lachler também lecionou na   Faculdade Teológica Batista de São Paulo   por   18 anos . Seu compromisso com a pregação expositiva e o ensino da Palavra de Deus é evidente em sua obra. Um de seus livros notáveis é   “ Prega a Palavra: Passos Para a Pregação Expositiva ” .   Neste livro, ele oferece orientações valiosas sobre como pregar a Palavra de Deus de forma eficaz, destacando a importância da pregação expositiva e fornecendo uma metodologia prática para os pregadores . Este livro é uma obra útil para seminaristas, iniciantes no ministério

Deus onde estás?

livro Deus onde estás
MESTERS, Carlos. “Deus, onde estás?”. 8.ed.Belo Horizonte: Ed. Vozes, 1989, páginas 155 a 254.

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Carlos Mesters em seu livro Deus onde estás?, ensina que para conhecer bem o Novo Testamento, é preciso saber como foi a sua formação, o contexto de sua época me sobre os autores e leitores de seus livros.
Os evangelhos, têm cada um, características diferentes e linguagens diferenciadas, mas não se contradizem, porque o objetivo comum de cada um dos quatro evangelhos, é falar sobre Jesus. Cada um de sua forma, escritos em datas e lugares diversos e por pessoas diferentes, completando um ao outro.
Marcos conta os fatos e feitos de Jesus a partir do batismo até a cruz. Mateus e Lucas se interessam pela vida de Jesus desde o ventre até a ressurreição e ascensão. João já argumenta a eternidade e a divindade do Mestre. Paulo através de suas cartas fala sobre o Cristo presente, ressurreto e vivo.
Da mesma forma que os escritores, os leitores também vêm os evangelhos por ângulos diferentes, mas é necessário que a exemplo dos evangelistas, os cristãos de hoje vejam principalmente o Cristo vivo. As palavras de Jesus foram registradas para que fossem lembradas pelos séculos, e em todo o Novo Testamento Cristo é descrito como alguém que vive e continua a fazer sua obra. Essa visão não pode ser esquecida ao ler o Evangelho.
Jesus estava sempre em ambientes do povo, e era seguido pelas multidões, por onde ia. Sobre uma montanha ou a beira mas o Senhor lhe ensinava muita coisa sobre a vida, além de mostrar a sua vida. No chamado “Sermão da Montanha” o Mestre discutiu a lei e os desafios do dia-a-dia do povo mostrando-lhes uma nova ótica, de acordo com o ponto de vista de Deus. Assim, Cristo mostrou o verdadeiro sentido da lei, que deve partir de dentro de nós, através de um desejo de fazer a justiça. Também como é a verdadeira relação com Deus e verdadeira felicidade, demonstrados pelo seu exemplo de vida.
Cristo ensinava sobre o Reino de Deus, utilizando figuras e exemplos da vida do povo, facilitando sua compreensão. Das histórias, podiam-se tirar lições dos mínimos detalhes ou apenas uma lição geral, só não compreendia quem não queria. O objetivo dessas parábolas era mostrar a presença do Reino de Deus na vida de todos e anunciar um novo tempo em que Deus se faz presente em todos os momentos da vida humana.
Além de ensinar a verdade para as pessoas, Jesus também solucionava muitos de seus problemas imediatos, realizando milagres. Os milagres são uma demonstração ativa do amor de Deus pelo ser humano e uma conseqüência da fé celeste. Cristo mostrou através dos sinais, o poder criador e a Sua constante luta contra tudo o que provoca infelicidade no homem. Mas o principal milagre é a vida, a presença de Deus, a salvação. Jesus é o maior sinal!
Na transfiguração, Jesus foi glorificado e seus discípulos puderam saber quem Ele era: “o Filho amado”. A partir desse momento o ministério de Jesus tomou novos rumos, ensinando mais especificamente aos discípulos e esclarecendo-lhes sobre Sua morte e ressurreição. A transfiguração foi para mostrar a recompensa proveniente da perseverança ante as tribulações.
Os judeus que creram em Jesus (devido à sua cultura judaica ser muito fechada), tinham dificuldades em aceitar as pessoas de outros povos e culturas, achando que primeiro deviam se tornar judeus e depois cristãos. O apóstolo Paulo tinha um importante ministério entre os gentios e trabalhou na igreja e com os apóstolos, a unidade através da diversidade. No concílio de Jerusalém, este foi o assunto em pauta e a decisão foi que todos, judeus e gentios podem abraçar a fé, tendo liberdade de consciência em Cristo. Então o judeu que se convertia Cristo não estava tão obrigado à lei e nem por isso se tornaria pagão e o gentio que aceitasse a Jesus não precisava se sujeitar ao judaísmo, embora mantivesse a mesma ética com relação à moral e idolatria. Essa decisão trouxe aceitação e ajuda mútuas.
A maior vitória que o Novo Testamento apresenta é vitória sobre o maior problema do homem: a morte. Cristo ressuscitou e mostrou o seu poder sobre a morte. Da mesma forma que é difícil explicar a ressurreição hoje, era difícil para os discípulos entender, mesmo tendo todas as profecias e explicações de Cristo relatadas no Novo Testamento. A chave para compreender a ressurreição é a fé no Deus que criou a vida e pode concedê-la novamente.
Embora avisados sobre o terceiro dia, os discípulos ficaram confusos depois da morte de Jesus, até que o Senhor lhes apareceu ressurreto. Dois discípulos caminharam discutindo sobre a morte de Jesus, tentando entender qual o propósito divino nisto, então Cristo aparece sem saberem quem era e Ele mesmo lhes explica as dúvidas. Quando estes dois discípulos puderam olhar com os olhos da fé, vêm o Mestre diante deles.
Da mesma forma a cristandade tem caminhado discutindo sobre a fé e a ressurreição de Jesus Cristo, mas a certeza vem quando o caminho é surpreendida pela presença do Senhor que esclarece tudo. É nessa caminhada, nesse diálogo com Deus, no “arder do coração”, no “partir do pão” e no “abrir dos olhos” que se pode saber que Deus está bem mais próximo do que se imagina.


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