Manto de Cristo - Lloyd C. Douglas

O Manto de Cristo é um romance histórico e religioso escrito por Lloyd C. Douglas , publicado originalmente em 1942. A obra gira em torno de Marcellus Gallio , um jovem centurião romano que  por punição política, é enviado à Palestina. Lá, ele participa da crucificação de Jesus e, por acaso, ganha sua túnica em um jogo de dados. A partir desse momento, Marcellus começa a sofrer crises emocionais e espirituais, sentindo-se profundamente perturbado pelo que presenciou e pelo estranho poder que o manto parece exercer sobre ele. Enquanto Marcellus tenta compreender o significado do manto e lida com uma crescente crise de fé e identidade. Ao longo do caminho, ele encontra personagens marcantes e é confrontado com os valores do cristianismo nascente, em contraste com os costumes decadentes do Império Romano. Movido por uma inquietação crescente, ele parte em uma jornada para descobrir quem foi Jesus. Ao lado de seu escravo e amigo Demétrio , Marcellus encontra discípulos e se...

A responsabilidade da Igreja pela sociedade - NIEHBUR, H. Richard

 NIEHBUR, H. Richard

NIEHBUR, H. Richard. “A responsabilidade da Igreja pela sociedade”. Extratos do texto publicado no capitulo 5 de Latourette, Kenneth Scott (ed.). The Gospel, The World and the Church [O Evangelho, O Mundo e a Igreja]. Harper Bros, 1946. Tradução do inglês por Magali do Nascimento Cunha

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Pontos indispensáveis exposto pelo autor a respeito da igreja na sociedade, são elas:

 

1. RESPONSABILIDADE CRISTÃ

A responsabilidade requer a capacidade de prestar contas a alguma coisa ou a alguém, dentre muitos sinônimos de responsabilidade ressalto que, é ser um ser na presença de outros seres, desembocando em serviços e cuidados ao próximo. Responsabilidade cristã não é igual à de políticos, onde as pessoas depositam em sua pessoa o voto de confiança para representar os seus interesses nos lugares públicos, requerendo dele soluções. A responsabilidade cristã vincula-se à prestação de contas a Deus, que requer de nós uma posição responsiva ao que fomos chamados, principalmente no que tange a preservação do mundo. Não esquecendo que Deus é o Senhor de tudo, pois responderemos ao Deus-em-Cristo e ao Cristo-em-Deus.

 

2. A IGREJA COMO INSTITUIÇÃO REFERENCIAL

Estamos no mundo e temos nossas responsabilidades, não podemos estar alienados aos acontecimentos em nossa volta. A igreja tem sua responsabilidade moral, pois os seus ensinamentos refletem na sociedade em geral. O Evangelho deve ser pregado e vivenciado em sua totalidade. Jesus ensinava e pregava acerca do Reino de Deus, mas também defendeu a causa dos necessitados, dos fracos e oprimidos, alimentado-os com pães e peixes. Já dizia Carlos Mesters quer saber se uma igreja é cheia do Espírito Santo é se dentro dela não tem nenhum necessitado. Esses serão bem-vindos do Pai, pois alimentou o faminto, deu água ao sedento, vestiu o nu e visitou os presos, acolheu os estrangeiros e visitou os doentes (Mt 25.34-40).

 

3. RESPONSABILIDADE COM O PRÓXIMO

A igreja deve viver na esfera terrestre, e a humanidade é alvo da graça salvadora de Cristo, tanto que Deus expressa a sua vontade em João 3.16 ao dizer que o amor de Deus é tão grande que enviou o seu único Filho para salvar a humanidade, e não condenar. Muitas vezes, para isentarmos de nossas responsabilidades, justificamos a nossa inércia, queremos ajudar o que está próximo de nós, ou dentro de nossa comunidade, esquecemos que a responsabilidade ela é universal. A igreja tem que responder em todas as esferas e principalmente na área social, ser “espiritual” implica em ser solidário nas necessidades dos outros.

 

4. IGREJA MUNDANA

Abordaremos dois tipos de igrejas; a primeira é a igreja mundana, em que ela pensa em si mesma, preocupada com o conceito humano do que com o julgamento divino, busca o reconhecimento do que apontar Deus como a fonte de toda a bondade. Bérgson expressou seu pensamento da seguinte forma: afirmando que a religião defensiva é conectada com sociedades fechadas. Torna-se irresponsável no sentido cristão já que substitui homens por Deus, preocupando em prestar contas aos homens de seus serviços realizados do que a Deus. Igrejas julgam-se portadoras tanto das bênçãos como das maldições.

 

5. IGREJA ISOLADA

O segundo tipo de igreja é a igreja isolada. O isolacionismo aparece quando a igreja busca responder a Deus-em-Cristo, mas o faz para si mesma, e credita aos que vivem no “mundo” como preocupando com Deus, julgando estar além dos limites da santidade. Vê no mundo secular o adversário da Igreja Cristã, e que devem ser evitadas pois são pecaminosas, e a igreja por outro lado é o agregado dos salvos, a arca da salvação, segundo o autor não é injusto chamar esta religião de santidade de irresponsável, pois rejeita o “mundanismo” e o mundo, sendo assim isola-se de suas responsabilidades sociais. Esse pensamento do isolacionismo foi forte no cristianismo do segundo século, pois interpretavam nas Epistolas, no Didaquê e em outros escritos o mandamento de não amar o mundo nem as coisas que estão no mundo, a fim de separar o religioso da cultura e do político.    

 

6. IGREJA QUE CUMPRE O EVANGELHO

Responsabilidade com o Deus vivo implica em conscientizar das necessidades urgentes do nosso próximo. A Igreja responde ao Cristo-em-Deus ao ser pastora diante da sociedade, que busca os perdidos, é amiga dos publicanos e pecadores, dos pobres e desesperados, exemplos tivemos no passado de lideres do movimento do evangelho social foram pastores cuja preocupação por pessoas que moravam nas favelas, pobres, prisioneiros e doentes, atacando as raízes sociais da miséria humana.

 

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