Prega a Palavra de Karl Lachler

Confira o livro Prega a Palavra de Karl Lachler na Amazon Karl Lachler  é um autor que desempenhou um papel significativo no cenário religioso brasileiro.  Foi missionário durante   32 anos   no Brasil. Ele colaborou na implantação de igrejas, incluindo a   Primeira Igreja Batista de Fernandópolis   e a   Segunda Igreja Batista de São José do Rio Preto .   Além disso, ele foi um dos pastores fundadores da   Primeira Igreja Batista de Atibaia.   Lachler também lecionou na   Faculdade Teológica Batista de São Paulo   por   18 anos . Seu compromisso com a pregação expositiva e o ensino da Palavra de Deus é evidente em sua obra. Um de seus livros notáveis é   “ Prega a Palavra: Passos Para a Pregação Expositiva ” .   Neste livro, ele oferece orientações valiosas sobre como pregar a Palavra de Deus de forma eficaz, destacando a importância da pregação expositiva e fornecendo uma metodologia prática para os pregadores . Este livro é uma obra útil para seminaristas, iniciantes no ministério

A ação Humanizadora do Espírito Santo

A ação humanizadora do Espírito Santo

CÉSAR, Ely E. Barreto. A ação humanizadora do Espírito Santo, São Paulo, Editora Aste (p. 11-85).


No contexto brasileiro a palavra espírito tem o sentido de algo não material e abstrato. O termo neotestamentário para espírito é pneuma, que significa sopro ou vento. Então o Espírito é primeiramente o sopro de vida.
O Espírito Santo marca o início do ministério de Jesus na terra, o acompanha até a cruz e após a ressurreição é doado aos que creem em Jesus. O Espírito é o “agente relacionador entre Deus e os homens”, é a eterna presença de cristo e a “respiração da Igreja” pois sem o Espírito não existe cristão e não existe Igreja.
A Igreja é renovada e motivada a praticar o evangelho através do Espírito Santo que age no interior de cada pessoa, redimindo-a com a graça e misericórdia de Deus.
Quem recebe o dom do Espírito, primeiramente um(a) cristão(ã) e depois é cheio do Espírito sendo impulsionado para um forte relacionamento com Deus (vertical) e com o próximo (horizontal) continuando a obra consumada na cruz de Cristo. A presença do Espírito no meio dos cristãos hoje é uma manifestação antecipada herança celestial que receberemos na vinda de Cristo.
O Espírito de Deus guia a Igreja e evangeliza através dela, então a Igreja é o instrumento do Espírito e este a força da igreja, e quem dá vida ao corpo de Cristo.
 O homem e a mulher carnal, ou seja, natural, recebem a presença de Cristo através do Espírito Santo, sendo vivificados por Deus. Este dom de Deus faz parte da obra de redenção em salvar o mundo. O desejo de Deus é se comunicar com a humanidade e revelar seu plano de salvação, como no pentecostes, quando o Espírito se manifestou através de servos de Deus evangelizando pessoas de muitas nações e línguas diferentes. Então através do dom do espírito a Igreja é dinamizada a evangelizar o mundo.
O ser humano vive a ambiguidade de ser carnal e espiritual, mas quando é redimido por Deus e recebe o dom do Espírito encontra forças para ser mais espiritual. Esta bênção é recebida pela fé em Cristo, como um “sinal” ou “primícia” do que haverá no reino dos céus. A função dos redimidos hoje é sinalizar a presença do Deus Justo, amoroso e pacífico para outros também receberem a graça de Deus.
O Espírito de Deus é criador de tudo e manifesta em todo tempo e lugar o seu amor. Tudo o que transmite vida, amor e paz é fruto da atividade do Espírito no interior do homem. Na Igreja o Espírito encontra plena liberdade para agir, sendo ela uma comunidade sem barreiras para alcançar o próximo no amor do Senhor que se revela ao mundo através do seu povo.
O Espírito conduz ao Cristo ressuscitado eleva o crente a conduzir outros para Deus. Através do Espírito o homem e a mulher são guiados à verdade de Deus, recebendo-a como revelação e atualização da obra de Cristo no mundo de hoje.
A vida e a verdade recebidas de Cristo pelo seu Espírito, tornam os homens mais plenos, completos e mais humanos a exemplo de Jesus, solidarizando-se com o próximo no dia-a-dia.
A Igreja, como conhecedora e meio de revelação da verdade ao mundo, não pode querer moralizar o homem, mas o ensinar. Também não deve promover o humanismo social sem referência evangelística a Cristo. É preciso muita vigilância quanto ao propagandismo de querer que outros sigam nossos métodos e perfil eclesiástico. A verdadeira missão de Deus conduz o homem e suas estruturas sociais ao Cristo-Espírito que é a origem, o destino e o conteúdo da missão.
No pentecostes nasceu a igreja e esta conheceu a Cristo de uma nova forma através do espírito, sendo impelida a fazer missão. Mas a missão é de Deus e a Igreja participa dessa missão como resultado da dinâmica do Pneuma. Para haver renovação as estruturas eclesiásticas não podem ser estáticas e devem estar abertas a ação do Espírito, como a igreja primitiva que tinha sua organização institucional sob a orientação Divina.
Ao ser capacitado com crismas, o cristão deve dizer sim ao chamado missionário que tornará útil o seu dom para o Reino de Deus na sociedade. O Espírito concede o dom mas a resposta positiva à missão deve partir do homem. A Igreja recebe do Espírito os dons necessários para o cumprimento da missão no mundo. Estes carismas adequam a comunidade a servir a Deus de acordo com as necessidades que a rodeiam, demonstrando as “primícias” e o “penhor” de Deus àquele que crê até que venha a plenitude do reino de Deus.
O Espírito cria, sustenta e renova a igreja, mantendo a comunhão no povo de Deus num processo permanente de revitalização “até que” todos cheguem à unidade da fé (Efésios 4: 7-13).
O novo testamento não descreve uma igreja uniforme e demonstra a diversidade de ministérios, culturas e opiniões, mais destacadamente entre cristãos-judeus e cristaos-helenistas. Essa diversidade proporcionou a expansão missionária a diferentes lugares e culturas, provando o amor de Deus pelas etnias e a dinâmica do Espírito em usar o cristão dentro de sua cultura e realidade social, onde cada um de sua forma coopera para a missão de Deus.
Havia na Igreja primitiva uma intensa franqueza para com Deus e com o próximo e um culto que expressava um sentimento real de cada um e da comunidade. Embora não houvesse uniformidade, era um grupo bem unido, um grupo cooperava com o outro e cada um cumpria seu ministério para o crescimento de todo o corpo edificado na verdade.
O fato de não haver uniformidade não é motivo de ruptura, pois a verdadeira união acontece na diversidade que dá a todos a oportunidade de se completarem com suas diferenças.
Diante de tanto sectarismo hoje é importante concluir que o Espírito Santo guia a Igreja a somente uma verdade, então o principal fruto de uma verdadeira renovação espiritual é a unidade consequente do trabalho de todo o corpo em uma mesma missão.  


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